Dia 13 de Outubro de 2011, 00h55m, Budinha nascia com 3460kg e 50,5cm... um rapagão, timtim chamaram as enfermeiras.
Um novo, doloroso, surpreendente e desconhecido mundo começava agora!!!
Minutos antes acabara de deixar o quarto n.º1 da Maternidade Alfredo da Costa, deixava o meu marido para ir andando (sim, enchi-me de coragem e rejeitei a maca, fui a pé com auxilio das enfermeiras) até ao bloco operatório, tudo corria bem, mas o budinha era teimoso e estava melhor dentro da barriga da mamã. Iamos tentar com ajuda de ventosa e depois uma cesariana caso fosse necessário. (não foi preciso :D)
Não sei quanto tempo demorei do quarto ao bloco, confesso que não me apercebi, mas só quando lá cheguei á porta me lembrei que o futuro daddy tinha ficado para trás. "E agora que fazia eu sem a minha equipa?"
Esqueci... Esqueci tudo quando entrei no bloco, as luzes, muitas luzes apontavam para o centro daquela grande sala, pareciam iluminar um palco, o palco onde te iria dar a luz meu filho, a maca.
Na sala umas 4 ou 5 mulheres a prepararem a tua chegada, senti-me só, pensei novamente no teu pai (na minha equipa, a nossa equipa), mas tu, tu eras mais forte do que eu e esqueci a solidão.
Aquelas mulheres que ali estavam também algumas seriam mães, também elas tinham passado pelo mesmo e caso ainda não tivessem tamanha honra, são mulheres e profissionais, sabiam o que faziam e eu confiei porque te queria apresentar ao mundo!
Na entrada da maca, dois degraus, vacilei, a dor foi forte e um pensamento me surgir e eu disse: " algo de estranho se passa, estou cheia de fome" as enfermeiras riram comigo... "A mamã depois disto come um bife sim?". (Nem quando estou em apuros deixo a minha veia humoristica, só eu mesmo... fome? a sério sue, que vergonha!!!)
Subi, não exitei mais ... dai a minutos recomeçámos e em três puxões tu nasceste, não doeu, não chorei...
Não, não chorei de alegria quando nasceste, o contacto não foi imediato, tu também não choras-te (não te deixaram). Vi apenas o teu pézinho, vermelho, pequeno, lindo....depressa te levaram.
O meu corpo estremeceu e não parou durante todo o tempo que estiveste longe, mais parecia que tinha levado um choque, a minha cabeça não controlava mais o meu corpo, não conseguia (ainda hoje não consigo explicar o porquê, talvez por ter controlado tão bem desde o dia anterior até ao momento).
Olhava-te lá longe de mim, mas tão perto. Via aquele pequeno cobertor a mexer, eras tu! Ainda hoje não me lembro do teu primeiro choro!
Chegas-te finalmente perto de mim!!
Eras a cara do teu Pai (ainda hoje o és). Foi ele (o teu pai, a nossa equipa) que me ajudou a colocar-te para mamares (depois de tantas aulas pré parto, foi o teu pai que me ajudou, as hormonas apoderaram-se de mim e deixaram-me cheia de receios).
Foi uma sensação explosiva, chorei, eras tu, o meu filho, aquele pequeno ser que habitara dentro de mim 9 meses, agora a sugar, sugar vida de dentro de mim... Disso não me esquecerei nunca, desse momento.
Passamos uma noite tranquila, não choras-te, eu estava demasiadamente cansada e insegura... dormis-te quase toda a noite a meu lado na minha cama (queria-te junto de mim, foi bom!)
Mas com o amanhecer, depressa o nosso mundo desabou... não choravas, não comias... pouco reagias...
Foi o meu trauma (é um trauma até hoje!)... ás 14h (hora das visitas) te levaram para longe de mim... foste para os cuidados especiais de saúde...
Sofri, sofri muito durante esses dias, tu num lado, eu no outro e o teu pai (sempre junto a ti)....
Um novo, doloroso, surpreendente e desconhecido mundo começava agora!!!
Minutos antes acabara de deixar o quarto n.º1 da Maternidade Alfredo da Costa, deixava o meu marido para ir andando (sim, enchi-me de coragem e rejeitei a maca, fui a pé com auxilio das enfermeiras) até ao bloco operatório, tudo corria bem, mas o budinha era teimoso e estava melhor dentro da barriga da mamã. Iamos tentar com ajuda de ventosa e depois uma cesariana caso fosse necessário. (não foi preciso :D)
Não sei quanto tempo demorei do quarto ao bloco, confesso que não me apercebi, mas só quando lá cheguei á porta me lembrei que o futuro daddy tinha ficado para trás. "E agora que fazia eu sem a minha equipa?"
Esqueci... Esqueci tudo quando entrei no bloco, as luzes, muitas luzes apontavam para o centro daquela grande sala, pareciam iluminar um palco, o palco onde te iria dar a luz meu filho, a maca.
Na sala umas 4 ou 5 mulheres a prepararem a tua chegada, senti-me só, pensei novamente no teu pai (na minha equipa, a nossa equipa), mas tu, tu eras mais forte do que eu e esqueci a solidão.
Aquelas mulheres que ali estavam também algumas seriam mães, também elas tinham passado pelo mesmo e caso ainda não tivessem tamanha honra, são mulheres e profissionais, sabiam o que faziam e eu confiei porque te queria apresentar ao mundo!
Na entrada da maca, dois degraus, vacilei, a dor foi forte e um pensamento me surgir e eu disse: " algo de estranho se passa, estou cheia de fome" as enfermeiras riram comigo... "A mamã depois disto come um bife sim?". (Nem quando estou em apuros deixo a minha veia humoristica, só eu mesmo... fome? a sério sue, que vergonha!!!)
Subi, não exitei mais ... dai a minutos recomeçámos e em três puxões tu nasceste, não doeu, não chorei...
Não, não chorei de alegria quando nasceste, o contacto não foi imediato, tu também não choras-te (não te deixaram). Vi apenas o teu pézinho, vermelho, pequeno, lindo....depressa te levaram.
O meu corpo estremeceu e não parou durante todo o tempo que estiveste longe, mais parecia que tinha levado um choque, a minha cabeça não controlava mais o meu corpo, não conseguia (ainda hoje não consigo explicar o porquê, talvez por ter controlado tão bem desde o dia anterior até ao momento).
Olhava-te lá longe de mim, mas tão perto. Via aquele pequeno cobertor a mexer, eras tu! Ainda hoje não me lembro do teu primeiro choro!
Chegas-te finalmente perto de mim!!
Eras a cara do teu Pai (ainda hoje o és). Foi ele (o teu pai, a nossa equipa) que me ajudou a colocar-te para mamares (depois de tantas aulas pré parto, foi o teu pai que me ajudou, as hormonas apoderaram-se de mim e deixaram-me cheia de receios).
Foi uma sensação explosiva, chorei, eras tu, o meu filho, aquele pequeno ser que habitara dentro de mim 9 meses, agora a sugar, sugar vida de dentro de mim... Disso não me esquecerei nunca, desse momento.
Passamos uma noite tranquila, não choras-te, eu estava demasiadamente cansada e insegura... dormis-te quase toda a noite a meu lado na minha cama (queria-te junto de mim, foi bom!)
Mas com o amanhecer, depressa o nosso mundo desabou... não choravas, não comias... pouco reagias...
Foi o meu trauma (é um trauma até hoje!)... ás 14h (hora das visitas) te levaram para longe de mim... foste para os cuidados especiais de saúde...
Sofri, sofri muito durante esses dias, tu num lado, eu no outro e o teu pai (sempre junto a ti)....
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui o teu Encanto!!