Durante aqueles "longos" dias na Maternidade sofri (sofri fisicamente e psicológicamente).
É cruel estar em contacto com outras mães cujos filhos estão ao seu cuidado, enquanto os nossos estão lá longe de nós.
De noite, nós não descansamos, os choros não são dos nossos filhos e só pensamos que o nosso lá longe, até pode chorar, até pode ter quem o alente, mas não somos nós (a mãe, o calor da mãe), não é a mesma coisa.
A minha vida foi complicada nesses dias, era passada entre a sala de amamentação (onde existe apenas a bomba para continuar a estimular o peito a manter o leite) e o piso onde se encontrava o budinha.
Lembro-me de pensar, que a cada 2h as mães amamentavam os seus bébés e eu amamentava uma bomba, (era este o meu sentimento).
Depois ia até ao piso debaixo (voltas e mais voltas para lá chegar, cheia de dores) ver o meu buda.
Era dificil (demasiado dificil). Dificil porque tinha dores, estava cansada, dificil porque .... era dificil ver o meu bébé cheio de fios, dentro de um caixa... porquê? porquê a mim... porquê a nós... e se eu não tivesse dormido tanto na 1.ª noite, e se eu tivesse estado mais atenta? será que podia ter evitado? Culpa e mais culpa (as hormonas, hoje sei disso).
Tive vários pensamentos absurdos... tive ciúmes do daddy (porque podia estar 24h com o budinha e eu não conseguia, não podia, tinha de descansar).
O daddy nesses dias não vinha visitar a mãe aos aposentos (combináramos de nos encontrar sempre junto do baby). Sentia ciúmes porque não podia estar junto do baby como o pai, mas também porque tinha sido passada para segundo plano. Outrora sentia-me confiante, sabendo que o baby love estava sempre acompanhado pelo pai (o melhor pai do mundo).
Sentimentos contrários eu sei, mas tão reais (mas sempre sentimentos escondidos, até hoje!).
Supostamente, quando temos um filho existe uma união, naqueles dias o pai é o único elemento que está mais ausente (mãe e bébé ficam juntos, o pai regressa no dia seguinte). Mas não, outrora éramos dois (eu e o pai unidos, o budinha dentro de mim), agora éramos três (eu, o pai e baby), mas todas as noites, no átrio á porta dos cuidados de saúde, o baby ficava num lado, o pai descia por outro e a mummy encarrilhava por outro, éramos três separados. Doia, doia tantoooooo... ainda hoje sinto a dor dessa separação, daquelas noites!
Felismente, o dia da minha alta chegára, fui ver-te logo de manhã assim que acordei, tinhas passado melhor a noite, já mamavas (biberão, aos poucos) e nesse dia tinham-me prometido que seria eu a dar-te banho e o biberão tb. O meu coração disparou... ias ter alta, vinhas para junto de mim... :D
Reciei, até ao último momento que ia ter alta e tu não virias para casa comigo... mas não... já comias, já choravas e já respiras normalmente.... depressa largas-te os fios, a caixa (incubadora), lá longe ficou o biberão e todas as coisas ruins... voltas-te para o calor dos meus braços e para sugar a vida dentro de mim!!!
Felicidade inundou o meu coração e a minha alma...
Finalmente a nossa vida a três iria começar...
É cruel estar em contacto com outras mães cujos filhos estão ao seu cuidado, enquanto os nossos estão lá longe de nós.
De noite, nós não descansamos, os choros não são dos nossos filhos e só pensamos que o nosso lá longe, até pode chorar, até pode ter quem o alente, mas não somos nós (a mãe, o calor da mãe), não é a mesma coisa.
A minha vida foi complicada nesses dias, era passada entre a sala de amamentação (onde existe apenas a bomba para continuar a estimular o peito a manter o leite) e o piso onde se encontrava o budinha.
Lembro-me de pensar, que a cada 2h as mães amamentavam os seus bébés e eu amamentava uma bomba, (era este o meu sentimento).
Depois ia até ao piso debaixo (voltas e mais voltas para lá chegar, cheia de dores) ver o meu buda.
Era dificil (demasiado dificil). Dificil porque tinha dores, estava cansada, dificil porque .... era dificil ver o meu bébé cheio de fios, dentro de um caixa... porquê? porquê a mim... porquê a nós... e se eu não tivesse dormido tanto na 1.ª noite, e se eu tivesse estado mais atenta? será que podia ter evitado? Culpa e mais culpa (as hormonas, hoje sei disso).
Tive vários pensamentos absurdos... tive ciúmes do daddy (porque podia estar 24h com o budinha e eu não conseguia, não podia, tinha de descansar).
O daddy nesses dias não vinha visitar a mãe aos aposentos (combináramos de nos encontrar sempre junto do baby). Sentia ciúmes porque não podia estar junto do baby como o pai, mas também porque tinha sido passada para segundo plano. Outrora sentia-me confiante, sabendo que o baby love estava sempre acompanhado pelo pai (o melhor pai do mundo).
Sentimentos contrários eu sei, mas tão reais (mas sempre sentimentos escondidos, até hoje!).
Supostamente, quando temos um filho existe uma união, naqueles dias o pai é o único elemento que está mais ausente (mãe e bébé ficam juntos, o pai regressa no dia seguinte). Mas não, outrora éramos dois (eu e o pai unidos, o budinha dentro de mim), agora éramos três (eu, o pai e baby), mas todas as noites, no átrio á porta dos cuidados de saúde, o baby ficava num lado, o pai descia por outro e a mummy encarrilhava por outro, éramos três separados. Doia, doia tantoooooo... ainda hoje sinto a dor dessa separação, daquelas noites!
Felismente, o dia da minha alta chegára, fui ver-te logo de manhã assim que acordei, tinhas passado melhor a noite, já mamavas (biberão, aos poucos) e nesse dia tinham-me prometido que seria eu a dar-te banho e o biberão tb. O meu coração disparou... ias ter alta, vinhas para junto de mim... :D
Reciei, até ao último momento que ia ter alta e tu não virias para casa comigo... mas não... já comias, já choravas e já respiras normalmente.... depressa largas-te os fios, a caixa (incubadora), lá longe ficou o biberão e todas as coisas ruins... voltas-te para o calor dos meus braços e para sugar a vida dentro de mim!!!
Felicidade inundou o meu coração e a minha alma...
Finalmente a nossa vida a três iria começar...
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